São Paulo tem um grande Programa de Recapeamento do tamanho dos desafios da cidade.
No fim desse programa inédito – somado a outras iniciativas relacionadas às vias – teremos recuperado 20 milhões de metros quadrados.
Com tantos desafios diários, a Prefeitura de São Paulo iniciou, em junho de 2022, o maior Programa de Recapeamento que a cidade já recebeu, que começou com o investimento de 1 bilhão de reais.
É um grande desafio para a gestão desta cidade mapear 100% das vias asfaltadas e recuperar 20 milhões de metros quadrados de ruas e avenidas.
As vias elegíveis foram determinadas pelo Decreto nº 60.994/2022, com base nas disposições do Decreto nº 50.917/2009, em seu artigo 2º, que estabelece os seguintes parâmetros: volume diário de trânsito; demanda de transporte coletivo sobre pneus; condições do pavimento existente; histórico de operações de conservação de pavimentos viários; e outras demandas da comunidade.
A Secretaria Municipal das Subprefeituras mapeou 100% das vias asfaltadas. É o maior levantamento já feito sobre condição, trepidação e qualidade do asfalto. Com dispositivos acoplados em 108 carros de aplicativos e táxis parceiros que circulam por toda a cidade e por meio do Sistema Gaia, é possível verificar as condições do asfalto e localizar possíveis defeitos e irregularidades diariamente.
Além de toda essa dimensão, o Programa de Recapeamento ainda gera mais de 3.000 novos empregos.
O estudo proporciona que cada via paulistana receba o recapeamento que precisa, economizando recurso público. Onde o estudo do Gaia mostrou a situação ruim, o PavScan, um scanner moderno, sinaliza o serviço que será realizado de acordo com o grau do desgaste. E um outro equipamento, o FWD, se soma ao diagnóstico para identificar se há necessidade de reparos profundos.
O Gaia funciona numa parceria inédita com a sociedade civil. São 108 veículos, entre táxis e carros de aplicativos, que mapeiam a cidade rodando por ela. O sistema foi desenvolvido pela Secretaria Municipal das Subprefeituras, em conjunto à Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Na suspensão, um sensor envia a mensagem para uma caixa-preta, que fica embaixo do banco do motorista. Uma câmera instalada no retrovisor faz o serviço de identificação do local percorrido pelo carro. A deformação do pavimento é imediatamente registrada numa central de requisições dentro da Secretaria Municipal das Subprefeituras da capital. Toda vez que a ondulação da via faz o carro trepidar, o solavanco é mapeado e classificado.
O novo modelo permite o acompanhamento mensal das ruas e avenidas, além de identificar mudanças que ocorreram com o passar do tempo, seja por desgaste do asfalto, seja mesmo por obras de concessionárias. Essa supervisão inédita facilita que as vias recebam um recapeamento exclusivo, gerando um investimento mais eficaz, economia financeira e de material, e mais qualidade. Até o momento, já foram realizados levantamentos em mais de 15 mil quilômetros aproximadamente, o que corresponde a 100% das vias asfaltadas.
O Sistema possibilitou analisar a qualidade das vias e identificar o asfalto da cidade digitalmente pela primeira vez. Se antes esse serviço era feito por um funcionário munido de caneta e prancheta para anotações, passou a ser realizado em tempo real por meio de dispositivos acoplados aos veículos, capazes de verificar as condições do asfalto e localizar possíveis irregularidades.
Trechos em situação ruim são analisados pelo PavScan, equipamento que identifica o serviço que deverá ser realizado de acordo com o grau do desgaste e, se preciso, pelo FWD – Falling Weight Deflectometer (Defletômetro de Afundamento de Asfalto), ferramenta responsável por identificar a necessidade de reparos profundos.
O pavimento é avaliado também pelo FWD, ferramenta responsável por identificar a necessidade de reparos profundos. Isso permite que as vias recebam um recapeamento eficaz, com economia financeira, de material e de melhor qualidade.
Com o uso conjunto e inteligente dessas três tecnologias, torna-se possível determinar com maior precisão as soluções que devem ser tomadas em cada tipo de pavimento das vias. Isso tanto qualitativa como quantitativamente. Dessa maneira, ainda é possível obter maior eficiência aos recursos financeiros despendidos. No fim das execuções, isso pode ser verificado de forma bastante perceptível. Como você pode ver no gráfico abaixo.
Matriz Pétrea Asfáltica com muito mais resistência à deformação.
Assim, conseguimos menor retirada de brita do meio ambiente e maior economia de recursos aos cofres públicos. O processo de reciclagem, que não gera contaminação ambiental, é certificado com o Selo Verde concedido pelo Instituto Chico Mendes.
E tem mais! Em novembro de 2019, foi lançado o GeoInfra, sistema que monitora a realização de obras de concessionárias na malha viária, nas calçadas, no subterrâneo e nas redes aéreas, e pode acompanhá-las de forma digital. Isso garante mais controle sobre os serviços, pois, além da localização, há identificação do responsável pelos mais de 100 mil buracos abertos anualmente na cidade. Tudo isso gera investimento eficaz, com até 50% de economia financeira, material e verba pública, e mais qualidade no serviço